Duo Dinâmico

Um blog com textículos. Insultos, disparates ou festinhas na cabeça para blog_duodinamico@hotmail.com

segunda-feira, dezembro 22, 2003


A quem passo o cheque para a inscrição?

Num comentário do BdE descobri o Núcleo de Observação e Reacção às Actividade Desinformativas da Esquerda (NORADE:

Por favor, quebrem a corrente de mentiras da Esquerda.

------------------------------ Caso 1 ------------------------------
Mentira: os EUA armaram o Iraque.
Verdade: a URSS, a França e a China armaram o Iraque.

Provas: Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI)

Fornecedores de armas de 1980 a 2002:
1. URSS 50.78%
2. França 15.15%
3. China 15.06%
(...)
6. Brasil 2.10%
(...)
11. EUA 0.58%

Podem encontrar a fonte da informação aqui.

Lembrem-se: os tempos são outros e as novas tecnologias estão contra vocês. Hoje em dia é muito fácil desmascarar as habituais mentiras da Esquerda.

 
sábado, dezembro 20, 2003


Ogmios




As correntes que prendem as orelhas à língua do deus simbolizam a impossibilidade de resistir às suas palavras. Este é Ogma, que para além das suas capacidades guerreiras, possuía grandes qualidades oratórias e era considerado, por isso, o deus da eloquência. As palavras saíam da sua boca tão fortes como os golpes que infligia aos seus inimigos.
Não é uma imagem mais bonita do que um velho suado e obeso que se veste de vermelho e senta crianças no seu joelho prometendo-lhes prendas se elas se portarem bem?
Aproveitem esta época para reflectir e conversar...

 
terça-feira, dezembro 16, 2003




in Cox & Forkum

 


Dear BBC World

In this week's Click Online, you covered the topic of weblogs. While doing so, you used some pictures of various blogs and focused in an interview of an Iraqi chap and his poorly written and not very interesting blog (he now writes in The Guardian, which shows a lot about this newspaper).
I managed to notice, in between those pictures of different blogs, that one of the best blogs was there. Yes, AndrewSullivan.com was shown for a second.
The purpose of this open letter is to ask you to take some time, during tea time or any free time you might have, and read Mr. Sullivan's excellent blog. Do not lose your precious time on my simple and humble blog. Please accept this advice, and read carefully what Mr. Sullivan has to say about your leftish bias. Furthermore, please also look into this other blog, Biased BBC. IMHO, it is truly a public service regarding the listing of your shameful bias, present in your various news departments throughout the World -- and mainly in your Middle Eastern and US coverage.
Try to reflect on what you read there. Maybe, just maybe, there is some chance things can change towards a better and unbiased information from your part. I truly believe that these two examples, plus the "Beebwatch" column in the Daily Telegraph and other forces, have managed to place you in the right direction. This article from November 11 shows a good sign. Let us see if it is not a mere cover-up. Please try to respect your motto -- "Demand a broader view" --, or just drop it!

Thank you.


Yours truly,
JL

 


Por favor avisem o Dr. Sampaio

... que ultimamente tem tido algumas oportunidades para estar calado -- por exemplo, quando mostrou dúvidas sobre o envio do contingente da GNR para o Iraque... no dia da partida, quando era fundamental mostrar confiança!
A última vez que teve essa oportunidade foi ontem, quando reagiu à captura de Saddam Hussein:

«O Presidente da República escusou-se, no entanto, a apontar o local que considera ideal para o julgamento do ex-ditador. "Essa é das questões mais delicadas que há, mas não me quero pronunciar", afirmou, recordando que há vários tribunais internacionais, entre os quais o Tribunal Penal Internacional. "Há o Tribunal Penal Internacional mas, por ironia, os Estados Unidos não o reconhecem. Quem sabe se não podiam tê-lo reconhecido se estivessem à espera que isto acontecesse", observou.»

Algum assessor ou alminha caridosa que indique, por favor, ao Senhor Presidente o site do seu (e da esquerda preocupada com os direitos humanos de... Saddam) muito querido Tribunal Penal Internacional. Lá encontrará isto [documento de Word]:
«13. When does the Court have jurisdiction over crimes?

The Court's jurisdiction is not retroactive. It can only address crimes committed after the entry into force of the Statute, which occurred on July 1, 2002.
»


Assim se demonstra que todos os crimes cometidos antes de 2002 seriam esquecidos. Não compreendo como alguém na posição do Dr. Sampaio, ainda para mais sendo formado em Direito -- coisa que não sou --, defende cegamente o recurso ao TPI, e se dá ao luxo de recorrer a "ironias".

Já o Prof. Roscas havia defendido o mesmo no domingo à noite num "debate" na SIC Notícias -- até que alguém lhe chamou a atenção deste pormenor e ele calou-se. Felizmente isto veio relatado por um leitor do excelente "Desesperada Esperança"


P.S.: O documento de onde foi retirada a citação encontra-se noutro site, promovido por um conjunto de ONG's em prol do TPI. A informação também se encontra no site oficial, mas à hora em que tentava terminar este post, o servidor estava offline. Foi claramente uma consipiração... De manhã, já deverá estar acessível.

 


Descubra as diferenças

Qual a diferença entre a grande parte dos canalhas anti-americanos apoiantes de terroristas internacionais pacifistas que se opuseram à guerra no Iraque e os que foram a favor?
É simples! Os primeiros regozijam-se com a morte de cada soldado americano, com cada dia que corre menos bem ("o novo Vietnam") e, principalmente, com cada ataque terrorista cobarde -- que recorde-se, mata também civis iraquianos. Mas a maioria deles não admite isso em público.
Os segundos, os que estiveram a favor -- onde me insiro --, ficam realmente contentes quando um tirano é preso -- há uns meses atrás, muitos desejavam desconfiavam ser impossível (basta uma rápida procura nos arquivos da internet).

 


Adenda ao post anterior

A semelhança dos retratos talvez explique por que razão o PCP se mostrou tão incomodado com a captura do tirano -- o Estaline em tamanho pequeno, como ontem o chamaram num canal internacional. O único ponto a favor do PCP é o facto de ainda darem as suas opiniões sem rodeios nem discursos embelezados (mesmo que sejam brutais disparates), como é típico de certa esquerda chic -- e neste caso, não alinhou no grupo dos sorrisos amarelos. Isto é o mais próximo que me vão encontrar a dizer bem de comunas. E foi só to make a point: a outra esquerda, a extrema-esquerda (representada no Parlamento Português pelo Bloco da Extrema-Esquerda), sabe que o nosso país ainda não está totalmente aberto aos seus discursos genuinamente radicais, e por isso, lá tem de ir estabelecendo a sua rede de contactos nas redacções dos pasquins (de referência, claro!) e dos canais de televisão para que estes convidem as ilustres mentes, dirigentes desse grupúsculo hipócrita. Miguel Portas, Francisco Louçã (também conhecido por Eduardo Cintra Torres como Francisco Ecrã) e Prof. Roscas são habituais convidados de "debates" e programas de "informação" onde são muito educados, muito calmos. Assim o são porque sabem muito bem que esse tipo de formalidades conquista votos no eleitorado da esquerda portuguesa. Sabem bem que não podem defender algumas das ideias nem mostrar com a raiva típica dos idiotas (anti-capitalistas, anti-americanos, anti-semitas) como imaginam o nosso país e o mundo, pois essas não seriam muito bem recebidas pelos espectadores desses "debates". Na verdade, se nesses programa afirmassem realmente o que pensam, Portugal agradecia-lhes.

 


Separados à nascença?

Via o grande Valete (que está de volta em grande forma) e seguindo uma velha tradição d'"O Independente"
Karl MarxSaddam Hussein

 
sexta-feira, dezembro 12, 2003


COIMBRA DEVE PASSAR À HISTÓRIA?

Depois da gripe, depois dos problemas informáticos, depois das preguiças, depois das dores menstruais, cá estou eu. Queria dizer duas ou três (dezenas) de coisas sobre, mais uma vez, Coimbra. Isto porque, nas últimas duas semanas, foram escritas na blogosfera algumas coisas com as quais eu não concordo e que contribuem para a estereotipia desta cidade e das criaturas que nela habitam.


A Rainha Santa sem emissões televisivas
Foi dito que Coimbra não tem tradição de santos festivos e que carece, por essa razão, de rituais agregadores de paixões. Coimbra tem, mesmo sendo a terceira maior cidade deste país, falta de saneamento básico, problemas graves na área da saúde, falta de salas de cinema e teatros, assim como de locais de formação no campo artístico. Mas Coimbra não sofreu, nem me parece que vá sofrer a curto prazo, de falta de hipóteses para o regabofe.
Não sou daquelas pessoas que acha que a cidade se estende até à Figueira da Foz. Não tento dar-lhe uma dimensão (a todos os níveis) que não tem, mas sim mostrar aquilo que ela é, para que com isso tente tornar-se melhor. Utopias pessoais, como as cartas de amor, quem as não tem? Mas a verdade é que Coimbra é uma cidade muito rural, compreendendo uma série de lugarejos e de freguesias onde há festa em dias festivos de santos – exemplo disso, Fala e S. Martinho do Bispo a Sul de Coimbra (e sim, no mesmo código postal) onde, para além deste tipo de festas, há sempre uma ovelhinha a comer erva num qualquer canteiro. Lembro-me de, quando era pequena, ir com os meus pais a algumas destas celebrações, mas mais a Norte. Não me lembro ao certo da distância porque tenho enjoo de movimento e, para mim, saber que ia viajar punha-me imediatamente doente. Chegada ao local e recuperada da vomição, lembro-me de ver enfeites, de grande foguetório, procissão, comida e bebida. Havia também a muito ilegal matança do porco e toda a aldeia/freguesia/lugar se enchia de pessoas de todas as idades festejando.
Mas dentro da cidade também há coisas a dizer. A santa padroeira da Coimbra, a Rainha Santa Isabel, encontra na cidade uma enorme devoção. Em sua honra há uma celebração a 4 de Julho (dia da cidade e dia da sua morte) que envolve procissão, crianças vestidas de anjo e de outras variantes religiosas, pessoas em penitência (de joelhos, arrastando-se, um pouco à semelhança do que se vê em Fátima), não tenho a certeza mas penso já ter visto ex-votos na procissão, que de certo seriam guardados em alguma igreja ou talvez junto da imagem da Rainha Santa Isabel em Santa Clara. A celebração tem lugar de dois em dois anos e, tal como na Queima das Fitas, há cortes no trânsito na zona da Baixa (para não haver concorrência de espaço?). Sei também, embora nunca tenha visto, que a mão da Rainha Santa Isabel foi mumificada e está guardada em Coimbra. Muita gente a visita para rezar e para lhe pedir coisas. Parece ser um hábito muito presente no catolicismo ibérico preservar pedaços de santos. Adiante.
Talvez ninguém saiba disto fora de Coimbra. Os rituais (tal como a Queima das Fitas) só interessam a quem deles faz parte.
A questão que se tem de ter em conta aqui é a da visibilidade e a da repetição. A repetição contínua, sistemática de determinadas ideias faz com que se formem e se mantenham certas ideias como é o caso de cultura de um povo, o que provoca modos de comportamento e ideias de representação do mundo. Cerimónias sazonais, arquitectura histórica e a sua disposição na cidade. É a articulação entre estes factores que auxilia (dentro e fora de Coimbra) à formação de uma (ideia) de identidade conimbricense. Como se todos fossemos iguais, como se só houvesse esta forma de estar na cidade. Como eu disse, a questão da visibilidade assume um papel principal. A cidadania existe como algo que deve ser visto. O povo torna-se assim espectador de si mesmo através de um jogo de espelhos de uma imagem que lhe é imposta. Por isso é que a Queima parece ser o único ritual agregador de paixões e é encarado como sinónimo de tradição e de união das pessoas da cidade.
Acham mesmo que todos andamos de fato académico ou sequer que nos lembramos que ele existe? É uma questão, em parte, de turismo cultural. Na Argentina nem toda a gente dança o Tango, na Escócia nem todos os homens usam kilt. Aliás, no primeiro caso, uma dança sensual sempre é uma melhor imagem para se mostrar do que a corrupção e, no segundo, o uso do kilt, visto como sinónimo de barbárie, só se massificou de forma a distinguir os escoceses dos ingleses, como quem andaram séculos à batatada.
É por estas e por outras que Coimbra passa, constantemente à História.

 
terça-feira, dezembro 09, 2003


Quem quer ser otário?

Há dois ou três dias que me detenho alguns minutos a ver o concurso Quem quer ser milionário? na RTP 1. Fico espantada com a falta de cultura dos portugueses. Não devia. Devia estar habituada. Nem me refiro ao facto de a maioria das pessoas viver em anacronismo total ou não saber o mínimo de geografia. Fico surpreendida por não saberem respostas a coisas simples de cinema e literatura comercial que, todos os dias, é noticia, às vezes de abertura, de telejornal. O meu espanto atingiu o seu clímax quando um concorrente respondeu (embora depois tenha corrigido) que iscas eram pedaços de bacalhau. E eu é que tenho maus fígados!
Há uma outra variante que também tem a sua graça e que podemos ver no programa Bom Dia Portugal na rubrica Assim se Fala Bom Português. A não perder.
Era só isto que eu queria dizer…

 




Cox & Forkum Editorial Cartoons

 




‘Can’t you give the dummy mouth-to-mouth without getting romantically involved, Mrs Wilks?’
in The Spectator, 29 November 2003

 
sábado, dezembro 06, 2003


Pensamento que me veio à cabeça durante uma conversa telefónica

Contam-se pelos dedos de uma mão as pessoas assumidamente de esquerda no panorama nacional pelas quais nutro respeito e admiração no campo das ideias -- e a maioria são mulheres:
- Maria Filomena Mónica
- Helena Matos
- António Barreto
- and last but not least... my dear friend R.


P.S.: Provavelmente há mais mas estas são as mais importantes.

 


Helena Matos

No Público de hoje, Helena Matos escreve:

"Sendo mulher, Odete Santos teria nesta cosmogonia dois tipos de comportamento à escolha para não destruir a herança de Daniel Oliveira e dos seus clones: manter-se no estereótipo da camarada, companheira... testemunha muda dos "erros tremendos e muitos heróis" (no masculino, claro!) do partido, ou então adoptar o género "gauche caviar" tão a gosto do Bloco de Esquerda. Tivesse Odete Santos levado a sua vida parlamentar com o cinzentismo de Heloísa Apolónia e jamais seria referida para o bem ou para mal. Não só não dava cabo da herança de ninguém, como teria direito a que, no dia em que lhe dispensassem os serviços, a considerassem uma extraordinária companheira e outros extraordinários quejandos reservados às mulheres que fazem aquilo que os homens esperam que elas façam. Claro que, se Odete Santos fosse mais nova, se se preocupasse mais com o que aparenta ser do que com aquilo que é, sobretudo se, em vez de ter ido para o Parque Mayer, tivesse escolhido um grupo de teatro independente, preferencialmente um daqueles grupos tão independentes que se independentizaram do público, em vez de destruir a herança de Daniel Oliveira, estaria a bruni-la. E aí ninguém se chocaria com a má qualidade do texto da sua personagem. Antes pelo contrário, só tinha de andar dum lado para o outro sacolejadamente, sentar-se inopinadamente numa das duas cadeiras que, por junto, totalizam os adereços nestas peças, gritar dois ou três palavrões, suspirar uma vez e acabar a cena olhando para o infinito da sala vazia. Tivesse Odete Santos as medidas e a idade adequadas e até poderia nem representar. Bastava-lhe desfilar com a roupa dum qualquer criador para beneficiar desse sacrossanto estado de graça das "bonitas a valer/camaradas nada dogmáticas/intelectuais interessantíssimas". "

A referência aos "grupos tão independentes que se independentizaram do público" é brilhante e propícia a uma boa gargalhada!
Critique-se a mulher (Odete Santos) por persistir em defender o ideário comunista ou por afirmações absurdas (como aquelas referentes à Coreia do Norte, ou a outros "paraísos" na mente iluminada desta gente, onde se inclui, por exemplo, o jovem Bernardino e a eurodeputada Ilda Figueiredo). Mas, por muito que não goste de Odete Santos, penso que tem todo o direito a fazer da vida pessoal o que bem entender. Se pretende fazer teatro ou bunjee jumping, tricot ou rappel, a vida é dela, e esse leque de opções são fruto de (ainda) vivermos em liberdade -- mesmo que a pessoa em questão acredite em modelos socialistas, pouco liberais.

 
sexta-feira, dezembro 05, 2003


Aviso

As fotografias desaparecidas voltarão em breve. O webhost que estava a utilizar fez o favor de me apagar tudo.

 


Leitura obrigatória



Na Spectator da semana que está a terminar, dois artigos imprescindíveis.

"Who hates the Jews now?" de Mark Strauss, e a versão mais extensa na revista Foreign Policy:

"There is no shortage of symbols representing peace, justice, and economic equality. The dove and the olive branch. The peace sign. The rainbow flag. Even the emblem of the United Nations. So why did some protesters at the 2003 World Social Forum (WSF) in Porto Alegre, Brazil, display the swastika?

Held two months prior to the U.S.-led attack on Iraq, this year’s conference—an annual grassroots riposte to the well-heeled World Economic Forum in Davos—had the theme, “Another World is Possible.” But the more appropriate theme might have been “Yesterday’s World is Back.” Marchers among the 20,000 activists from 120 countries carried signs reading “Nazis, Yankees, and Jews: No More Chosen Peoples!” Some wore T-shirts with the Star of David twisted into Nazi swastikas. Members of a Palestinian organization pilloried Jews as the “true fundamentalists who control United States capitalism.” Jewish delegates carrying banners declaring “Two peoples—Two states: Peace in the Middle East” were assaulted."

Um outro mundo é possível? Sem comentários...

O outro artigo é escrito por Mark Steyn, um dos meus preferidos a escrever na Spectator:
These five regimes must go

"One or two readers may recall that a year and a half ago I was arguing that the invasion of Iraq needed to take place in the summer of 2002, before the first anniversary of 9/11. Unfortunately, President Bush listened to Mr Blair and not to me, and Mr Blair wanted to go ‘the extra mile’ with the UN, the French, the Guinean foreign minister and the rest of the gang. The extra mile took an extra six or eight months, and at the end of it America went to war with exactly the same allies as she would have done in June 2002. The only difference was that the interminable diplomatic dance emboldened M. Chirac and the other obstructionists, and permitted a relatively small anti-war fringe to blossom into a worldwide mass ‘peace’ movement. It certainly didn’t do anything for the war’s ‘legitimacy’ in the eyes of the world: indeed, insofar as every passing month severed the Iraqi action from the dynamic of 9/11, it diminished it. Taking a year to amass overwhelming force on the borders of Iraq may have made the war shorter and simpler, but it also made the postwar period messier and costlier. With the world’s biggest army twiddling its thumbs in Kuwait for months on end, the regime had time to move stuff around, hide it, ship it over the border to Syria, and allow interested parties to mull over tactics for a post-liberation insurgency.
(...)
And yet America continues to manage its relationship with Assad in state department terms, dispatching Colin Powell to Damascus with a polite list of ‘requests’, which are tossed in the trash before his plane’s out of Syrian airspace.

There’s a credibility issue here. If Washington cannot impress its will on Assad when it’s got 140,000 troops on his border, more distant enemies will draw their own conclusion. The US should not be negotiating with Damascus; he’s the guy in the box, he’s the one who should be sending his emissaries abroad to beg, not the state department. The US should also nix the plans to build a new pipeline from Iraq: Assad can have a terrorist state or he can have oil, but he can’t have both. I was up on the Iraq–Syria frontier in May and, although it’s certainly porous, porousness cuts both ways. It would concentrate Assad’s mind wonderfully if the Americans were to forget where exactly the line runs occasionally and answer Syria’s provocations by accidentally bombing appropriate targets on Junior’s side of the border."


 


Operação "Eagle Strike"

A rapaziada do ProtestWarrior.com tem novo video! Vale a pena ver de perto a capacidade de raciocínio dos canalhas que chamam de burro ao Presidente Bush. Uns mal conseguem falar direito, outros reproduzem a mesma cassete de sempre. Todos reagem de forma pouco democrática quando lhes são feitas perguntas mais incómodas, respondendo -- quão inteligentes são -- "fuck you..." repetido vezes sem conta.
Fez falta a presença de uma delegação do ProtestWarrior.com em Londres, há duas semanas atrás.

 
quarta-feira, dezembro 03, 2003


Coisas Vistas, Coisas Ouvidas

Interrompo a minha prometida pausa por um bom motivo. Deixo aqui alguns excertos retirados do diário da Professora Danièle Cohn -- título em epígrafe --, inserido num livro que comecei a ler este fim-de-semana, intitulado "Impasses", dos Professores Fernando Gil e Paulo Tunhas, livro esse já referido em alguns blogs.
O diário relata uma viagem de Danièle Cohn ao seu país de origem, Israel, feita em Abril de 2002.

"Apenas L. explica que Israel se deve retirar hic et nunc de todos os territórios, que os jovens reservistas se devem recusar a servir nos territórios. O seu esquerdismo torna-a muito agressiva em direcção aos colonos, ataca o mau gosto daquelas pequenas casas de tectos vermelhos -- as telhas mecânicas dos lotes recentes das colónias de povoamento -- que estragam a beleza das paisagens desérticas. O seu discurso é completamente snob, é rica como tudo, habita um soberbo (e enorme) apartamento no bairro Bauhaus de Telavive, recusa o carácter muitas vezes económico da escolha de uma habitação nas novas cidades construídas em torno de Jerusalém. Esquerdista e snob -- snob e, portanto, esquerdista --, tudo se confunde, incluindo -- pertence a uma família israelita desde há duas gerações -- uma inidferença irritada, senão mesmo um desprezo arrogante, relativamente aos novos emigrantes, russos, americanos ou franceses."

A descrição desta mulher, e o seu snobismo, faz-me lembrar algumas pessoas do panorama nacional.
"Havia apenas uma voz dissonante nessa altura [período após os Acordos de Oslo]. Michel, judeu marroquino, universitário especialista dos países árabes, durante um jantar bem regado em que debatíamos com entusiasmo a audácia muito relativa de Rabin, tinha-nos advertido: vocês não lêem árabe, Arafat não faz ao seu povo e aos países irmãos os mesmos discursos que são redigidos em inglês para as capitais ocidentais. Na altura, não quisemos atribuir a isto qualquer significado."


Por agora é tudo. Espera-me uma aula de Gestão de Recursos Humanos. Mais logo, conto publicar um excerto maior deste diário, que para muitas mentes obtusas deve ser esclarecedor. Uma excelente prenda para o Natal que se aproxima, como oferta para alguns amiguinhos esquerdistas, anti-guerra, anti-semitas (e anti-sionistas), leitores ávidos das balelas não fundamentadas dos Chomskys e Moores, e que se passeiam alegremente com os seus lenços em homenagem ao terrorista Arafat.

 

Links de JL

A Causa Foi Modificada JPCoutinhoCOM Dicionário do Diabo Flor de Obsessão
Valete Fratres ! Picuinhices O Intermitente Andrew Sullivan
Contra a Corrente De Direita Jaquinzinhos Homem a Dias
O Meu Pipi O Complot No Quinto dos Impérios MATA-MOUROS
Merde in France Biased BBC Liberdade de Expressão Blog dos Marretas
Abrupto Monólogos de Tasco The Spectator