Duo Dinâmico

Um blog com textículos. Insultos, disparates ou festinhas na cabeça para blog_duodinamico@hotmail.com

domingo, março 28, 2004


Estamos no TOP 10!!

Não, não estamos no top da Technorati. Estamos, sim, em 7o lugar nos resultados de pesquisas por links de pornografia neste motor de busca sul-americano. Nada mau...
Pedimos desculpa ao leitor que cá chegou através dessa informação errónea.

 
quinta-feira, março 25, 2004


ROMANI ITE DOMUN

Ao longo deste mês recuperei alguns acontecimentos que tiveram lugar em 1979, ano do meu nascimento. Hoje, dia do meu 25º aniversário, completo a lista com três produções artísticas que viriam a marcar mais tarde de forma indelével a minha vida.
E as minhas escolhas para 1979, aquelas que mais tarde tiveram influências fortíssimas, são:
David Bowie – Lodger
Monty Python – Life of Brian
The Clash – London Calling

 
sábado, março 20, 2004


Leitura obrigatória

(Embora não venha assinado na edição online do Público, suspeito que se trata do texto semanal de Helena Matos)

Carta à Al-Qaeda de Uma Cidadã da Europa Vencida

Cito apenas o post-scriptum:

«(...) P.S. - Tende cuidado com o nosso emissário. Sabei Senhores que há quase trinta anos não hesitou em chamar paranóicos àqueles que queriam instaurar o comunismo em Portugal. Pensou mesmo que, se fosse necessário, portugueses combateriam contra portugueses para que tal não acontecesse. Hoje o nosso emissário defende que se negoceie com quem nos mata. Mas há sempre o risco de que o velho democrata desperte nele. Por mais que Vos custe a acreditar em tal heresia, há ainda entre os portugueses quem espere que o nosso emissário perceba que a ameaça de hoje não é menos grave que a de 1975, argumentando que, antes pelo contrário, aqueles a quem ele chamou paranóicos apenas nos queriam governar de outro modo. Em nome do socialismo. E Vós apenas nos quereis matar. Em nome da paz.

Ah! Senhores, que voltas darão hoje os paranóicos de outrora ao perceberem que, em 1975, não deviam ter falado de socialismo mas sim de paz. Acreditai, Senhores, mudam-se os tempos e dobram-se as vontades. Para que haja paz!»

 


Um destaque e um aviso

Passa hoje à meia-noite, na SIC Notícias, o que creio ser o documentário polémico sobre Dr. David Kelly e sobre a falta de imparcialidade no tratamento do caso, por parte da BBC. Ao contrário do que nos indica o destaque da SIC-N, o programa vai além de se interrogar sobre o que se passou com o cientista britânico. A versão original contém duas horas e foi transmitida duas vezes, em Janeiro passado, na BBC World (não surpreendentemente, primeiro ignorado e depois distorcido pelos media nacionais). Vendo a programação da SIC-N, e não tendo nenhuma referência a que se trata da primeira parte, só posso concluir que o trabalho vai ser severamente amputado. Mais, levando em conta o destaque na programação que, diz apenas em voz-off "O que se passou com o cientista David Kelly?", suspeito que devem omitir as valentes e justificadas críticas à BBC -- nomeadamente, a Andrew Gilligan, ao ex-director de informação, Richard Sambrook e ao ex-director-geral, Greg Dyke.
Vamos a ver se tenho ou não razão...

 


Only for those with Guts

Um excerto do conto de Chuck Palahniuk

 


Senilidade

Sobre as afirmações do dr. Soares e daquele senhor repugnante, de seu nome Mário Alberto ("Pessoal e Transmissível", TSF, ontem), pouco há a escrever. Aprendi desde novo a respeitar os mais velhos mas a ignorar os senis.

 


Sugestão de audição

Reality, David Bowie, 2003

 
sexta-feira, março 19, 2004


Um livro...

David S. Landes, 2001, A Riqueza e a Pobreza das Nações, Gradiva

"Uma abordagem histórica não garante uma resposta. Houve quem pensasse sobre estas questões e apresentasse explicações diversas. A maior parte delas insere-se numa destas duas escolas: alguns vêem a riqueza e o domínio ocidentais como o triunfo do bem contra o mal. Para eles, os Europeus eram mais inteligentes, estavam melhor organizados, eram trabalhadores mais conscienciosos; os outros eram ignorantes, arrogantes, indolentes, retrógrados, supersticiosos. A outra corrente inverte as categorias: os Europeus eram agressivos, cruéis, gananciosos, hipócritas e sem escrúpulos: as suas vítimas eram felizes, inocentes, fracas – na expectativa de serem vítimas e, por conseguinte, profundamente vitimizadas. Veremos que estas duas divisões maniqueístas têm tanto de elementos verdadeiros, como de fantasia ideológica. As coisas são sempre mais complicadas do que gostaríamos que fossem.
Uma terceira escola argumentaria que a dicotomia Ocidente-Resto é simplesmente falsa. Na vasta corrente da história do mundo, a Europa é um recém-chegado e aproveitador das realizações anteriores de outros. Isto é manifestamente incorrecto. Como o registo histórico revela, nos últimos quatrocentos anos, a Europa (o Ocidente) tem sido o agente motor do desenvolvimento e da modernidade.
Resta ainda a questão moral. Houve quem afirmasse que o eurocentrismo, na verdade, mas não é bom para nós, nem para o mundo; portanto, algo a ser evitado. Essas pessoas tentaram evitá-lo. Quanto a mim, prefiro a verdade ao pensamento bem intencionado. Sinto-me mais seguro do terreno que piso."

 
quarta-feira, março 17, 2004


Recomendação televisiva

No proximo sábado depois da meia-noite, a 2: emite o espectáculo dado por Astor Piazzolla no Coliseu dos Recreios em Lisboa, 1987.

"Astor Piazzolla em Lisboa, acompanhado pelo grupo Tango Nuevo, num espectáculo realizado no Coliseu dos Recreios em 11-11-1987.

Astor Piazzolla: Bandonéon
Horacio Malvicino: Guitarra
Hector Console: Contrabaixo
Pablo Ziegler: Piano
Fernando Suarez Paz: Violino

Músicas:"Michelangelo 70";"Tanguedia III";"Mumuki"; "Contrabajissimo"; "Adios Nonino"; "Concierto para Quinteto" "Milonga del Angel"; "Muerte del Angel"; "Tangata"; "Soledad" e "Verano Porteno".

O músico é o inovador mais discutido de todas as épocas do Tango.
Os Tangos de Piazzola marcam a vanguarda musical da década de 50, 60 e 70."

Informação retirada do miserável site da RTP

 


Ainda as comemorações dos 25 anos...

1979 na música:
The B52's - The B52's
Eat to the Beat - Blondie
Parallel Lines - Blondie
Singles Going Steady - Buzzcocks
California Uber Alles - Dead Kennedys
Peter Gabriel II - Peter Gabriel
Off the Wall - Michael Jackson
One Step Beyond - Madness
Survival - Bob Marley and The Wailers
Prince - Prince
Fear of Music - Talking Heads

 


Homenagem

Agora que estamos tão próximos do começo da Primavera e que, devido ao aumento da temperatura, os odores florais se começam já a sentir, gostaria de deixar aqui uma palavra de homenagem aos anti-histamínicos e a alguns corticoesteróides.
Bem hajam...

 
segunda-feira, março 15, 2004



 


MST

Longe vai o tempo em que lia atentamente, todas as sextas-feiras, os textos de Miguel Sousa Tavares no Público. Nessa altura, era um ritual sagrado -- lembras-te, R.? Nos últimos anos passam-se semanas a fio sem ler nada dele. Mais recentemente, acabo por ler partes das suas opiniões através de citações em blogs diversos (normalmente para lhe criticar, justificadamente). Não vem por acaso: MST tornou-se repetitivo, chato, contradiz-se inúmeras vezes (quando se compara com escritos mais antigos) e, além disso, em grande parte das vezes é simplesmente incorrecto (e eu detesto avidamente o PC - Politicamente Correcto!).
Para exemplo de contradição peguemos nas suas lamentações em Novembro de 2000, quando George W. Bush foi eleito, em que temia uma tendência decrescente na intervenção internacional por parte dos americanos. Hoje em dia, MST lamenta-se exactamente pelo contrário. Ainda relativamente ao Presidente Bush, não esqueçamos a especialidade de Sousa Tavares no famoso método da Contemplação da Tromba.
Felizmente, há sempre excepções à regra. Na passada sexta-feira, quando me chamaram a atenção para o espaço semanal dele, senti um tremendo gozo ao ler o primeiro parágrafo, dedicado à "Vírgula", perdão... à Ana Drago:

«1 - Aqui há uns anos, na televisão, havia um programa de conversas em que o jornalista Luís Osório entretinha um debate com o dr. Daniel Sampaio e uma figura retorcida, que se sentava sobre as pernas, fazia uns vagos gestos com as mãos e, volta e meia, soltava umas frases desgarradas, tipo-pós-modernas, restaurante dos Tibetanos ou Frágil. Entre os meus amigos, baptizámo-la de "A Vírgula", devido aos seus contorcionismos, e divertiamo-nos a imitá-la no dito programa. Mas, ao consultar a lista de deputados saídos das últimas legislativas, constatei com espanto que "A Vírgula" havia sido eleita suplente na lista do Bloco de Esquerda e, como tal, estava destinada - devido ao rotativismo igualitarista do Bloco - a aparecer ocasionalmente como deputada da nação, isto é, minha deputada. Cheguei a vê-la, aliás, numa intervenção parlamentar, onde já não apareceu sentada sobre as pernas e a pose era claramente de alguém que tinha passado a levar-se francamente a sério - embora com piores resultados. »

 


Lido no Valete Fratres

"Os media descobriram finalmente o "missing link" entre o Iraque e a Al-Qaeda."

Brilhante! :-)

 


Justificar o injustificável

Horas após os atentados em Madrid, ainda com gente a morrer, já havia algumas pessoas com opinião formada sobre a autoria dos atentados (e sem deixar margem para qualquer dúvida!). Entre as que responsabilizavam a al-Qaeda, destacavam-se alguns idiotas úteis que, rapidamente, identificaram a causa dos atentados: o apoio prestado por Espanha à coligação na guerra contra o Iraque. Obviamente que a causa foi unicamente essa; longe de mim pensar que ter-se-á devido a uma mistura explosiva entre fanatismo, loucura e dinheiro. Imagino, agora, quais serão as justificações para um ataque terrorista, de idêntica autoria, quando faltar a "desculpa" habitual da guerra ou do "imperialismo":

-- em França: «Deveu-se à proibição do véu!»
-- na Alemanha: «A opressão da população "ariana" levou a isto!»

Pretendo, com estes dois exemplos, facilitar a vida a essas mentes iluminadas. Assim, chegada à altura de mais um triste atentado, desta vez ocorrido num dos países acima citados, não terão de puxar tanto pela cabeça quando presenciarem o horror provocado por cobardes... sem justificação possível!

Nota: aceitam-se sugestões para outras justificações.

 
sexta-feira, março 12, 2004



Apesar de o apelo (v. post anterior) ter sido alterado (para apenas incluir a mensagem genérica "TERRORISMO NÃO!"), uma vez que não há certezas sobre a autoria do ataque, ambas as mensagens têm razão de ser. Mesmo que a ETA não tenha sido autora deste ataque vil e cobarde, certamente não será isso que me fará esquecer todos os anteriores.

 


Seguindo o Apelo...

TERRORISMO NÃO!

ETA NÃO!

 



 
quinta-feira, março 11, 2004


A cobardia

 
quarta-feira, março 10, 2004


Post Lunch SICkness

A linguagem é lixada e é nos deslizes desta que se notam as verdadeiras convicções das pessoas. “As mulheres conseguem fazer o mesmo que os homens”, “as mulheres ficam bem em qualquer lado”, “o homem cada vez mais conhece os gostos da mulher e quer fazer parte do mundo dela”, “no dia da mulher, vamos oferecer-lhe flores”.
Ando entediada com homens, ando entediada com mulheres. Toda esta segregação de género e de sexo, que é construída de ambos os lados, irrita-me. Tudo definido de uma maneira tão fácil. Como se se tratassem de categorias estanques e homogéneas, rigidamente definidas. Será que todos somos exclusivamente homens ou exclusivamente mulheres? Será que somos todos exclusivamente masculinos ou exclusivamente femininos (e o exclusivo aqui pode até ter dois sentidos…). É isso que limita o potencial das pessoas, ergue barreiras que não existem e cria utopias de criação e separação entre “mundo dos homens” e o “mundo das mulheres”. Surgem depois categorias e carimbos novos, que apenas chamarei de risíveis (metrossexual, por exemplo). Já para não falar das “feministas-cão-raivoso”. Oops, “cadela raivosa”.
Revistas como a XIS ou canais como a SIC Mulher, não contribuem para dar voz a ninguém que a não tenha, mas contribuem sim, numa grande variedade de formas, para a marginalização e estereotipia. As razões para isso podem ser encontradas no facto de haver uma grande repetição de ideias daquilo que deve ser uma mulher (urbana e moderna), ou seja, daquilo que uma mulher a sério deve ser se renunciar ao seu papel tradicional em que se considera estar numa posição inferior. E é ao tentarem libertar-se dessas ideias tradicionais que estão as estão, na verdade, a reproduzir. E a publicidade, ó céus, a publicidade!
O Presidente almoçou com 200 mulheres ligadas às forças de segurança. Aqui, elas não tiveram mais do que uma função de símbolos. Serviram para ser mostradas. Viu-se assim como mulheres podem representar a mesma função que os homens. Ao tentar mostrar a importância de certas coisas, como resistem e se rebelam contra normas tradicionais estão a reproduzir estereótipos de género. Muitas vezes, as mulheres estão presentes em partes do chamado “mundo masculino”, mas estão contidas dentro dele em vez de utilizar as circunstâncias de uma forma activa e criativa para poder explorar a sua identidade (individual). Manifestações menos marcantes não são mostradas, exactamente por essa razão. As pessoas vêem este tipo de acções como se fossem desafios à autoridade, um desafio à hegemonia embora não olhem para as contradições inerentes. Se somos (todos) diferentes, devíamos trazer para aquilo que fazemos a nossa diferença. E a mulher (uso aqui a palavra como categoria do discurso, para simplificar a referência) não trouxe “feminilidade” ao mundo mas adaptou-se aos requisitos masculinos.
Transforma-se uma coisa que devia ser natural (no sentido “de vir de si”) numa demonstração de revolta que lhes é atribuída, como se se tratasse de algo orientado contra a sociedade androcêntrica. Sobre estas mulheres gostava de saber individualmente quais as suas motivações para ali estar. Devem ser tão díspares, e tão diferentes, como cada uma daquelas mulheres é diferente da outra. Gostava também de saber o que acontece na vida delas na esfera do lazer e na esfera doméstica…
Um professor meu disse uma vez algo que se aplica aqui lindamente. “Uma boa metáfora para pensar a liberdade não é a do escravo que recebe a carta de alforria. É a daquele que foge.” E aqui é o mesmo. Para quê competir, mostrar que se vale e esperar reconhecimento? Defender uma causa é acreditar que ela existe. Esperando a carta de alforria. Eu já fugi há muito tempo e pouco me interessa o que está dentro de Natália Verbecke…

 
terça-feira, março 09, 2004


Há 25 anos...

Janeiro: é anunciado o colapso do regime de Pol Pot;
Maio: Margaret Thatcher torna-se a primeira-ministra britânica;
Outubro: primeira marcha gay nos EUA, em Washington DC;
Novembro: estudantes iraquianos invadem a embaixada americana em Teerão (Irão) e tomam 93 pessoas como reféns;
Dezembro: a União Soviética invade o Afeganistão;

 
segunda-feira, março 08, 2004


Comemorações...

Hoje é dia Internacional da Mulher. A SIC Mulher completa um ano de existência. A XIS completa cinco.
Quando eu conseguir parar de rir... escrevo mais qualquer coisa.

 
domingo, março 07, 2004


Começando pelas mortes

Janeiro: Charles Mingus;
Fevereiro: Sid Vicious e Jean Renoir; (estranho ver estes dois nomes juntos)
Setembro: Jean Seberg;
Outubro: Elizabeth Bishop;
Dezembro: Peggy Guggenheim;

 


25 anos

Durante este mês, mês do meu aniversário (ando lamechas, que fazer?) gostaria de relembrar alguns acontecimentos que ocorreram no ano do meu nascimento - 1979 - em diferentes áreas de produção. Escolhi apenas alguns e, se tiver paciência, comento aqueles que tiveram importância na minha vida.

 


Morrissey

A idade fica-lhe bem...

 
quinta-feira, março 04, 2004


Freud, Lacan e tecnofilia

Será que o nosso inconsciente faz updates?
Tenho reparado que nos últimos anos os meus sonhos têm ficado mais dotados de tecnologia embora o cerne da questão seja sempre o mesmo. Sabem aqueles sonhos em que estamos em apuros e nao conseguimos gritar? Pois eu sempre tive muitos sonhos desses. Agora, em vez de não conseguir gritar, tenho na mão um telemóvel muito pequeno e não consigo marcar o número (da pessoa) que me pode salvar...
Não é curioso?
(já para não falar naquele sonho que vos contei no outro dia, em que eu congelei a fechadura com gás freon...)

 
terça-feira, março 02, 2004


O único momento de razão na vida do sr. Avelino Ferreira Torres...

... quando acusou a sra. Manuela Moura Guedes de ser "mentirosa".

 

Links de JL

A Causa Foi Modificada JPCoutinhoCOM Dicionário do Diabo Flor de Obsessão
Valete Fratres ! Picuinhices O Intermitente Andrew Sullivan
Contra a Corrente De Direita Jaquinzinhos Homem a Dias
O Meu Pipi O Complot No Quinto dos Impérios MATA-MOUROS
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Abrupto Monólogos de Tasco The Spectator